SÍLVIO RIBAS | BRASÍLIA
Mister Elon Musk é um visionário, com a audácia requerida pelo século 21. Aos 49 anos, o empreendedor sul-africano-canadense-americano já se enveredou em várias áreas disruptivas, grávidas de futuros, sendo a mais recente façanha o primeiro voo tripulado ao espaço tocado pela iniciativa privada. Sua SpaceX fez história e abriu largo horizonte para a Astronáutica e para o mundo dos negócios. O que falta mais a ele ousar? A lista é longa.
Em solo terrestre, o irrequieto líder empresarial comanda a Tesla Motors, montando automóveis elétricos e autônomos, mas ainda investe pesado nas demais ambiciosas inovações como inteligência artificial (OpenAI e Neuralink), geração fotovoltaica (SolarCity) e transporte ultrarrápido das massas (Hyperloop). Com tais iniciativas, Musk pode estar, simplesmente, desenhando maravilhoso cenário dominante na década seguinte.
Talvez a versão empreendedora de um Leonardo Da Vinci esteja farejando ainda mais projetos disruptivos, mas gostaria de sugerir mais alguns alvos para ele acrescentar à sua vibrante lista. A primeira é criação de um sistema para dessalinização da água do mar em larguíssima escala e em baixíssimo custo, feito que pode fazer a península árabe se tornar verde e do tornar a caatinga brasileira a mais nova e promissora fronteira agrícola do mundo.
Na saúde, queria ver Musk abraçando com paixão os empreendimentos para prover a humanidade de mais e melhores próteses, não apenas de braços e pernas, mas também de órgãos complexos, como coração e olhos (quero retinas novinhas em folha). Com novos materiais, 100% à prova de rejeição, teríamos um novo normal, com componentes biônicos melhores do que os sonhados pela ficção científica. Ah! Roupas antivírus cairiam bem.
Claro que na Medicina não posso ignorar o desejo universal da pílula contra obesidade, capaz de dissolver gorduras estocadas sob a pele e nas vísceras. Esse Santo Graal, simulado por vendilhões na internet, seria uma revolução capaz de gerar efeitos positivos sobre outros campos, como a Cardiologia, a Oncologia e a Ortopedia, além de fortalecer a autoestima de centenas de milhões de humanos. OK, um tônico capilar eficaz também seria uma boa.
Se eu deixar a imaginação e a desinibição tomarem conta do artigo, mais uma dezena de sugestões emergiriam. Exemplos? Cidades subterrâneas climatizadas e higienizadas nos polos terrestres para abrigar novos centros de pesquisa; vacinas de cobertura ampla; robôs colossais para arar desertos irrigados e para construir pontes, túneis e quebra-mares; super enxaguante bucal para imunizar dentes de placas e cáries, barbeador sem lâminas…
Tudo bem, tudo bem. Esses pedidos não vão apenas para o Musk mas para todos os inovadores do empresariado mundial. Imagino poder entrar numa biblioteca com todos os livros do mundo e na qual visitantes possam consultar displays ou carregar com conteúdo seus dispositivos pessoais de leitura. Também quero um spa com paredes de realidade virtual, de modo a nos fazer sentir nos Alpes Suíços, mesmo estando num grotão do Brasil.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.